Nos últimos anos, o cenário de abertura de capital tem sido marcado por oscilações significativas, reforçando o ambiente volátil e desafiador que é inerente ao mercado financeiro. O ano de 2022, em particular, marcou um ponto de inflexão com a ausência de novas empresas ingressando no mercado de ações após dois anos de um crescimento que não era registrado há mais de 20 anos.
Contudo, a trajetória pós-abertura de capital nem sempre é favorável. Uma análise das empresas que realizaram IPO durante a pandemia, realizada pela EQI Research, revela que 85% delas se encontram em situação deficitária, com o valor de ações abaixo do preço de estreia. Essa dinâmica traz uma reflexão profunda sobre os fatores determinantes para o sucesso de uma IPO e, consequentemente, para a manutenção de um desempenho financeiro robusto no mercado de ações.
Uma pesquisa da consultoria global EY destaca que praticamente todos os investidores globais (99%) estão atentos aos relatórios, divulgações e posicionamentos executivos relacionados à sustentabilidade, responsabilidade social e governança. Ou seja, o mercado atual valoriza não apenas o desempenho financeiro, mas também a postura ética e a contribuição positiva da empresa para a sociedade e o meio ambiente.
E é nesse contexto que uma comunicação transparece auxilia na construção de uma relação de confiança entre a empresa se seus stakeholders, demonstrando uma visão a longo prazo e a capacidade de gerenciar riscos.
Ou seja, a abertura de capital demanda uma estrutura sólida de governança corporativa, sendo a transparência na comunicação um elemento-chave do processo. Informações claras, precisas e rastreáveis não apenas solidificam a confiança dos investidores, mas também ampliam o potencial de crescimento, melhoram o histórico financeiro e posicionam a empresa de maneira favorável em relação ao ambiente regulatório e à concorrência.
Atenta a todo esse movimento, uma grande empresa do setor de energia reviu seus processos e adotou uma solução para padronizar o envio de diversos documentos oficiais, se destacando no mercado pela transparência, além da disciplina financeira e foco na eficiência operacional.
Desafio:
A área de Compliance de uma grande empresa do setor de energia, com capital aberto, estava com dificuldade em controlar tanto a comunicação interna quanto os documentos oficiais emitidos para outras entidades, pois cada área realizava e arquivava esse processo de um jeito. A falta de padronização e controle poderia gerar problemas para a Governança Corporativa, impactando na transparência sobre as operações da empresa e aumentando os riscos de não conformidade regulatória.
Solução :
Ao conhecer a demanda e os recursos tecnológicos já utilizados pela organização, foi desenvolvida uma solução por meio do Power Platform, um conjunto de ferramentas de automação e desenvolvimento de aplicativos que permite criar soluções personalizadas para melhorar a eficiência dos negócios.
E foi exatamente isso que aconteceu. A solução sugerida consiste em um canal de comunicação único para envio de documentos interna e externamente. Ou seja, agora a empresa possui um canal oficial e com template padronizado para ser utilizado por todas as áreas da empresa, subsidiárias, clientes, fornecedores, órgãos regulamentadores, entre outros.
Esse canal permite algumas configurações importantes para atender todo o contexto. Ele auxilia no planejamento de cada comunicação, em que o emitente escolhe a data, solicita assinaturas e define prazo para leitura, por exemplo. Isso garante o registro de todo o processo envolvendo os documentos oficiais: criação, edição, assinatura, envio, inclusão de informações, recebimento e abertura/leitura.
Em empresas com capital aberto, essa rastreabilidade das comunicações é muito importante para que documentos específicos cheguem a certos destinatários, assegurando o repasse e o conhecimento de determinadas informações, o que reforça a preocupação com a transparência de todas as ações organizacionais. Em apenas três meses, quase 500 comunicações puderam ser rastreadas.
Também permite que o documento saia de uma determinada área e o emitente seja de outra, quando atuando em projetos conjuntos, o que contribui para a construção de ambientes colaborativos.
Por ser desenvolvida em um ambiente totalmente customizável, o canal possui três modelos de comunicações: interno, restrito e confidencial. Interno significa que todos da empresa terão acesso, independentemente da área, caso alguém precise de uma determinada informação para completar uma atividade, pode acessar a comunicação tranquilamente. O restrito é direcionado a grupos específicos, a exemplo de líderes e gestores. Já o confidencial só permite acesso daqueles que realmente foram incluídos no envio do documento.
Resultados:
Um canal único de comunicação reflete a maturidade organizacional, a estrutura jurídica e a gestão sólida da empresa por meio de:
- Melhor controle e centralização de documentos oficiais, garantindo organização e integridade das informações;
- Rastreabilidade, assegurando que todos os documentos sejam encaminhados e recebidos por aqueles que precisam de determinada informação;
- Facilidade de auditorias e conformidade regulatória;
- Segurança no envio e recebimento de informações relevantes;
- Eficiência e agilidade na criação e no envio de comunicações;
- Redução de custos e sustentabilidade empresarial com a diminuição no uso de papel, impressão, envio, arquivo físico, etc.
Assim, a empresa atende às exigências das partes interessadas e dos órgãos regulatórios, mas também fortalece seu compromisso com práticas responsáveis e eficientes, alinhadas a condutas adequadas de governança e comunicação corporativa.
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