Workshop de design thinking voltado para a área comercial

design thinkingÉ comum achar que o design é uma ferramenta utilizada apenas para melhorar produtos e criar soluções bonitas e atrativas para os usuários finais. Mas quem entende o valor do design dentro de uma empresa, consegue utilizar tudo o que um profissional de design pode fazer. Além de projetar fluxos de produtos e telas, o profissional de design consegue auxiliar na melhora dos processos internos de qualquer área de uma empresa, tornando a ainda mais eficiente.

Essa é a maneira como a AMcomencara o design, utilizando o Design Thinking como uma ferramenta altamente adaptável, que pode ser aplicada ao desenvolvimento de novos produtos, serviços, ferramentas e procedimentos.

Dessa forma, foi me dado o desafio de utilizar o Design Thinking para trazer mais inovação para área comercial, e assim foi feito! Propus então ser o facilitador de uma mini Design Sprint, que seria desenvolvida em apenas uma tarde (4 horas), utilizando algumas dinâmicas de UX (User Experience).

A metodologia e as técnicas utilizadas na atividade demonstrada aqui obtiveram sucesso, cumprindo seu objetivo principal, sendo bem avaliada por todos os participantes e trazendo um valor real para a empresa.

A metodologia

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Double Diamond

Como acontece em toda empresa de tecnologia, o tempo é um fator crucial para executar qualquer tipo de atividade, portanto adaptei o processo e todas as suas dinâmicas para serem feitas durante o período de 4h, no caso, um turno do dia onde eu iria poder ter comigo alguns stakeholders de várias áreas como: Diretores, gerentes de projeto, marketing, analistas de projetos, setor administrativo e setor comercial.

Definição do propósito e imersão

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Discovery map

O principal desafio a ser explorado foi definido alinhando as expectativas das várias áreas envolvidas, sempre com foco voltado para a boa experiência do cliente final. Ou seja,UX na veia…

Para isso, o primeiro passo foi fazer o levantamento de todos os atores envolvidos, assinalar cada processo executado mapear quais ferramentas eram usadas para executar o fluxo como um todo.

Nessa etapa, cada participante escreve e cola Post-its. Após todos finalizarem essa etapa, cabe ao facilitador provocar os envolvidos a explicar cada conteúdo que ele colocou no painel e esse conteúdo passa por um crivo, onde só permanece colado se TODOS estiverem de acordo.

Com tudo mapeado, partimos para fazer a jornada dos processos, onde iríamos descobrir os caminhos e interações entre as áreas envolvidas e em quais pontos os clientes finais viam maior valor.

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Mapa de jornada do processo

Análise

Nesse ponto, os participantes já tinham ferramentas para poder analisar quais eram os processos mais importantes para a empresa e para o cliente, quais processos eram mais rápidos e os mais demorados e quais traziam mais valor de negócio. Analisando o mapa, também é possível ter a exata dimensão dos procedimentos internos, interligações entre áreas e atores, além de visualizar mais claramente possíveis pontos de melhoria.

Para ajudar os participantes a refletirem sobre cada procedimento assinalado, utilizei a dinâmica da Matriz de Esforço que hierarquiza os processos pelo grau de importância e esforço.

Nessa dinâmica são elencados os principais processos anteriormente mapeados. Estes são posicionados de acordo com seu valor real no fluxo, em comparação com o esforço que é demandado para a execução do mesmo. A matriz tem o objetivo de encontrar os melhores processos, com alto grau de importância e feitos com pouco esforço, assim como, assinalar os pontos de melhoria, que são processos de pouco valor, mas que é necessário grande esforço para executá-los, esses, devem ser eliminados, substituídos ou modificados, pois muitas vezes eles são entraves para um fluxo eficiente.

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Matriz de esforço

Criação

Ao fim da análise, os participantes estavam prontos para sugerir as modificações e pensar em coisas novas que poderiam fazer para melhorar o processo. Pra isso, uma dinâmica super rápida e que trás bastante resultado é a STOP/KEEP, que força os participantes a refletirem sobre as coisas que devem parar de fazer e as coisas que devem continuar fazendo.

Essa dinâmica ganha ainda mais valor quando acrescentamos a coluna START, onde o método para estimular a criatividade conhecido como S.C.A.M.P.E.R pode ser utilizado, esse método consiste em fazer com que os participantes pensem em o que pode ser Substituído, Combinado, Adaptado, Modificado, Produzido, Eliminado e/ou Reorganizado no fluxo do processo em análise. Dessa forma a dinâmica se torna STOP/KEEP/START.

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Stop/Keep/Start

Prototipando a solução

As soluções para os objetivos da dinâmica foram sendo hierarquizados na coluna do START pelo grau de urgência, para assim, poderem gerar uma lista de TO DOs para os envolvidos.

As soluções encontradas passam agora a ser detalhadas pelos profissionais de cada área e devem ser validadas com a diretoria.

Conclusão

Como é natural do método Double Diamond, ao fim do processo de prototipagem é feita uma nova análise para se encontrar mais pontos de melhoria até se chegar numa solução ideal. Isso será feito nas próximas rodadas de Design Thinking que teremos.

Mas o que deve ser frisado aqui é que, com apenas algumas horas, as dinâmicas de User Experience Design podem contribuir muito para que os profissionais de qualquer área sejam guiados a chegar em resultados de muito valor para as empresas.

Foi bem prazeroso ser o facilitador desse processo. Ver as ferramentas de design ajudando em várias áreas de uma empresa com negócio altamente complexo é o que me faz ter mais orgulho ainda dessa profissão que eu escolhi.

Obrigado por ler até aqui!

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