A pressão por eficiência e inovação tem desafiado a estrutura das áreas de TI em empresas de todos os portes. A escassez de mão de obra qualificada é um problema constante para os CIOs, uma vez que o Brasil enfrenta um déficit de mais de 500 mil profissionais da área, segundo o Google.
E a falta de profissionais, combinada com prazos cada vez mais apertados e a evolução acelerada da tecnologia, é desafiadora para garantir entregas com alta qualidade. Diante desse cenário, os gestores se veem diante de uma decisão estratégica: investir em um modelo de outsourcing de TI tradicional ou optar pela alocação de profissionais como serviço?
Ambas as abordagens — terceirização de TI e alocação — prometem ganhos operacionais, mas possuem diferenças cruciais que impactam o controle, a cultura da empresa, os custos e os resultados. Neste conteúdo, você vai entender como funciona o modelo de outsourcing de TI, seus benefícios, riscos envolvidos e como tomar a decisão mais adequada para sua organização.
O outsourcing de TI é um modelo de terceirização no qual uma empresa contrata um fornecedor especializado para assumir parcial ou totalmente a responsabilidade por áreas, processos ou projetos específicos de tecnologia. Nesse formato, o parceiro fica encarregado pela seleção e gestão da equipe, além da entrega completa do escopo contratado.
Esse modelo é ideal em cenários com projetos fechados, prazos bem definidos ou em empresas com baixa maturidade na gestão de times internos. Nesses casos, transferir a operação para um parceiro pode trazer mais agilidade e foco estratégico.
Redução de custos com recrutamento, treinamento e infraestrutura;
Maior agilidade para iniciar projetos com times completos;
Liberação do time interno para focar em iniciativas estratégicas;
Acesso a profissionais especializados e atualizados.
Menor controle sobre os processos e atividades diárias;
Dificuldade de integrar a equipe terceirizada ao time interno;
Possíveis falhas de comunicação e desalinhamento cultural;
Dependência do parceiro em decisões críticas e ajustes urgentes.
Segundo a pesquisa “IT Services Market Brazil 2024”, da IDC, 38% das empresas que utilizam outsourcing de TI enfrentam desafios com a governança do serviço, especialmente em projetos críticos, o que pode comprometer os resultados e a entrega de valor.
Para superar esses desafios, é essencial que o CIO tenha clareza sobre as necessidades do negócio e sobre o escopo acordado no contrato de terceirização de TI. Um diferencial importante é a adoção de metodologias ágeis, que promovem maior transparência, controle e adaptação ao longo do projeto. Isso permite ajustes contínuos conforme novas demandas surgem, sem comprometer a qualidade da entrega.
A alocação de profissionais de TI como serviço é um modelo que pode ser visto como uma evolução estratégica do outsourcing de TI. Nesse formato, os profissionais ou squads são selecionados sob medida, de acordo com as demandas específicas de cada projeto, e atuam de forma integrada à empresa contratante.
Essa abordagem permite formar times sob demanda com agilidade, mas mantendo governança e alinhamento com a cultura da organização. Os profissionais alocados utilizam as mesmas ferramentas, seguem os mesmos processos e compartilham os valores da empresa, funcionando como uma verdadeira extensão do time interno.
Gestão próxima e compartilhada: o cliente lidera a equipe, definindo metas e prioridades. O parceiro atua como facilitador técnico e administrativo.
Alinhamento com a cultura da empresa: os profissionais absorvem os valores, processos e padrões internos, reduzindo atritos e acelerando a integração.
Flexibilidade e escalabilidade: é possível ampliar ou reduzir a equipe conforme a demanda, sem os custos de contratação ou desligamento.
Curadoria técnica especializada: o parceiro realiza a triagem com base em critérios técnicos e comportamentais alinhados ao projeto.
Esse modelo de alocação de profissionais de TI tem crescido no Brasil, especialmente entre empresas com maior maturidade digital e foco em entregas contínuas. Ao contrário do outsourcing tradicional, esse formato reduz a rotatividade e melhora o alinhamento estratégico com os objetivos do negócio.
Embora os dois modelos envolvam a participação de um fornecedor especializado, outsourcing de TI e alocação de profissionais apresentam diferenças significativas que devem ser consideradas antes da decisão final.
Abaixo, destacamos os principais pontos de comparação:
No outsourcing de TI, o controle das tarefas, entregas e performance costuma ficar sob responsabilidade do fornecedor. Já no modelo de alocação de profissionais, o cliente mantém a gestão direta da equipe, com total visibilidade sobre os prazos, processos e resultados.
A alocação favorece a integração dos profissionais ao ambiente da empresa, utilizando as mesmas ferramentas, metodologias e rituais internos. No outsourcing, a operação geralmente ocorre de forma mais isolada, o que pode gerar ruídos de comunicação e distanciamento da equipe interna.
A alocação de profissionais de TI oferece maior flexibilidade para ajustar o tamanho da equipe conforme a demanda, com agilidade e sem burocracia. O outsourcing, por ser estruturado em contratos mais fechados, tende a oferecer menos adaptabilidade ao longo do tempo.
No modelo de alocação, a governança é compartilhada: o parceiro técnico apoia a operação, mas o comando permanece com o cliente. Já no outsourcing de TI, é necessário confiar mais no fornecedor e na transparência das métricas e indicadores repassados.
Outro ponto relevante diz respeito ao alinhamento com a cultura organizacional. A alocação permite manter o DNA da empresa presente nas entregas, pois os profissionais se integram ao dia a dia da operação. No outsourcing de TI, a cultura do fornecedor pode influenciar significativamente a condução dos projetos, o que nem sempre está alinhado aos valores e práticas da contratante.
Não existe uma fórmula única. A escolha entre outsourcing de TI e alocação de profissionais depende do grau de maturidade da área de tecnologia da sua empresa, da criticidade dos projetos e da necessidade de flexibilidade ou velocidade nas entregas.
Ainda assim, alguns questionamentos podem ajudar a definir qual modelo melhor se encaixa à sua realidade:
Seu projeto exige alta integração entre os profissionais e os times internos?
É essencial manter o controle e a gestão direta da equipe?
Há necessidade de escalar ou reduzir o time com frequência?
Os projetos são longos e exigem adaptação constante?
A cultura organizacional precisa ser preservada ao máximo?
Se a maioria das respostas for “sim”, o modelo de alocação estratégica de talentos tende a ser o mais indicado. O próximo passo é escolher um parceiro confiável e quanto mais flexível e estratégico for o escopo, mais assertivo será o projeto.
Na AMcom, desenvolvemos um modelo próprio que combina o melhor da alocação de profissionais de TI com elementos sólidos de governança e curadoria técnica: a Expansão de Talentos Especializada.
Com ele, oferecemos a alocação estratégica de profissionais altamente qualificados, alinhados à cultura da sua empresa e com suporte técnico e metodológico contínuo. Nosso modelo inclui:
Seleção técnica rigorosa com apoio do nosso time de especialistas;
Onboarding orientado à cultura e aos objetivos do cliente;
Acompanhamento contínuo de performance e entregas;
Flexibilidade para ampliar ou reduzir o time conforme a demanda;
Governança estruturada, com indicadores claros de sucesso.
A escolha entre outsourcing de TI e alocação não deve ser feita apenas com base em custos. É essencial considerar o impacto sobre o negócio, a cultura da empresa, a agilidade e a capacidade de entrega.
Se sua empresa precisa ganhar velocidade sem abrir mão do controle, a alocação estratégica de talentos pode ser o caminho mais eficiente. E com o modelo da AMcom, você conta com um parceiro que entende de tecnologia , mas, principalmente, entende de gente, cultura e resultado.
Quer entender como escalar sua equipe com flexibilidade, controle e segurança? Fale com nossos especialistas!