
Olá! Sou Jonatas Jaqmam, Gerente de Negócios na AMcom. Há anos, atuo diretamente em grandes negócios do setor energético. Neste artigo, explorarei insights sobre o Mercado Livre de Energia (MLE). Boa leitura!
O que é o Mercado Livre de Energia?
O Mercado Livre de Energia (MLE) é um modelo de mercado onde o consumidor escolhe o fornecedor de sua energia elétrica. Ou seja: o consumidor não terá mais uma única opção de escolha, a qual é a distribuidora local. Segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, 37% do consumo total de eletricidade no Brasil já é pelo MLE.
Modelos de negociação de energia
No Brasil, existem dois modelos de negociação de energia:
Ambiente de Contratação Regulada (ACR)
No ambiente ACR, a energia elétrica é fornecida aos consumidores por concessionárias já definidas em cada região. Assim, estão enquadrados os chamados consumidores cativos, sendo estes, residências e pequenos comércios.
Ambiente de Contratação Livre (ACL)
Neste ambiente, estão enquadrados os chamados consumidores livres, que podem negociar diretamente com empresas geradoras e que comercializam energia. Dessa forma, os consumidores negociam preço, índices de reajustes, quantidade e flexibilidade, período de abastecimento e condições de pagamento. E é justamente nesta modalidade que o Mercado Livre de Energia (MLE) ganha destaque.
Primeiramente, os consumidores habilitados neste ambiente foram empresas da média e alta tensão, com demanda contratada igual ou superior a 500KW. Entretanto, desde janeiro de 2024, consumidores de média e alta tensão (grupo A) também estão habilitados. Mas, é necessário o consumo de energia ser partir de R$10 mil.
Quais as vantagens?
Bom, as vantagens desse ambiente são:
- Liberdade de escolha: consumidores escolhem o seu ou os seus fornecedores de energia. Ou seja, podem negociar livremente e diretamente as melhores condições comerciais, além de escolher o tipo de energia gerada.
- Economia: com a negociação livre com fornecedores, a possibilidade de melhores preços é um benefício para a economia com energia elétrica.
- Previsão de custos: melhor planejamento com custos, pois os consumidores podem firmar contratos bilaterais de curto, médio ou longo prazo.
Quais as desvantagens?
Por outro lado, existem algumas desvantagens a serem analisadas, como:
- Complexidade de gestão: o consumidor vai precisar gerenciar dois contratos, um pela compra da energia e outro pelo serviço de distribuição. Certamente, isso gera um desafio de gestão de contratos.
- Risco de preço: apesar da facilidade de negociação, existe o risco de preço alto caso o MLE se torne.
Tecnologia impulsiona o comércio no Mercado Livre de Energia
Dentro das operações em empresas de energia, vejo iniciativas de inovação resultando em maior eficiência e menores custos de produção.
A Modernização de Aplicações tem aumentado a eficiência das operações do setor de energia. O uso da tecnologia é importante para monitorar e controlar remotamente a produção, distribuição e consumo de energia em tempo real.
Além disso, Data & Analytics também tem seu destaque. Vem possibilitando a simulação da produção, previsão da demanda e ajustes em tempo real. Isso tem viabilizado a criação de novos modelos de negócios baseados em tecnologia.
E é claro, a Inteligência Artificial não fica de fora. Ela tem sido eficiente na segurança das operações e na experiência dos usuários, sendo eles consumidores finais e áreas de negócio.
Conclusão
O Mercado Livre de Energia promove vantagens e oportunidades para consumidores e fornecedores. Com a liberdade de escolha dos consumidores, os fornecedores precisam estar preparados para atuar da melhor forma e manter-se competitivos. Para isso, atender a crescente demanda de forma eficiente e promover uma boa experiência de usuário é fundamental.
Obrigado pela sua leitura! Caso queira conversar sobre esse tema, na AMcom eu tenho coworkers especialistas no assunto. Agende uma conversa.
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