Cenário

Uma empresa global, líder no segmento de energia no Brasil, enfrenta um desafio crucial nas suas operações em usinas. Com uma extensa rede de colaboradores que realizam manutenções e atividades em altura, a empresa precisa garantir a segurança e a integridade de seus colaboradores, seguindo rigorosamente a norma regulamentadora NR35.

Para assegurar a proteção de seus colaboradores, a empresa adota a prática da Análise Preliminar de Risco (APR) antes de cada atividade em altura. Este procedimento envolve o preenchimento de diversos formulários, nos quais são identificados e avaliados os riscos potenciais das tarefas a serem realizadas. Embora esta prática seja essencial para a segurança, o processo atual de preenchimento manual de formulários tem se mostrado arcaico e suscetível a falhas, comprometendo a efetividade e a segurança desejadas.

Desafio

Uma das principais dificuldades enfrentadas é a falta de percepção dos riscos reais pelos colaboradores. Muitas vezes, eles não conseguem identificar completamente os riscos associados às suas tarefas diárias, resultando em comportamentos menos cautelosos e aumentando a probabilidade de incidentes.

Além disso, o processo atual de avaliação de riscos, baseado em formulários de preenchimento direto, não incentiva uma reflexão profunda, tornando as análises mecânicas e superficiais.

Outro desafio é a avaliação incompleta dos riscos, mesmo com a existência de formulários de Análise Preliminar de Risco (APR). Certos riscos específicos não são adequadamente identificados devido à falta de clareza nos critérios de avaliação ou à incompletude dos formulários, que podem não abranger todos os aspectos particulares de uma atividade.

Os formulários de APR também carecem de informações contextuais específicas para cada atividade, o que significa que os riscos podem variar significativamente dependendo do ambiente operacional específico.

Por fim, a complexidade dos textos descritivos de risco pode representar um obstáculo para os colaboradores. Linguagem técnica excessiva e estrutura confusa dificultam a compreensão dos riscos, comprometendo a capacidade de realizar uma avaliação eficaz e implementar medidas preventivas adequadas.

Esses desafios destacam a necessidade de uma abordagem mais moderna e eficiente para a análise de riscos, que facilite a identificação precisa dos perigos e engaje os colaboradores na promoção de uma cultura de segurança sólida e eficaz.

Solução

Para enfrentar os desafios de segurança dos colaboradores nas usinas eólicas, a AMcom desenvolveu uma Prova de Conceito (POC) de um chatbot avançado. Esta solução faz parte das ofertas de Modernização de Aplicações e Data & Analytics da AMcom, usando inteligência artificial para melhorar a Análise Preliminar de Risco (APR) conforme a Norma Regulamentadora NR35.

O chatbot é projetado para guiar os colaboradores através de um fluxo de perguntas e respostas, cobrindo todas as nuances da APR. Utilizamos inteligência artificial para que a ferramenta compreenda e responda a uma ampla gama de perguntas técnicas relacionadas aos serviços realizados em altura.

A solução foi estruturada para guiar os usuários por um processo intuitivo, abrangendo todos os aspectos críticos da APR. Esse fluxo assegura que todos os pontos relevantes sejam considerados, promovendo uma análise mais profunda e eficaz dos riscos.

O chatbot utiliza uma base de dados alimentada com informações históricas de APRs anteriores, integrado ao ChromaDB para associar serviços específicos realizados em cada usina, fornecendo um contexto preciso para a avaliação de riscos. Isso permite uma análise específica para cada situação operacional.

Implementamos um sistema flexível que permite aos usuários interromperem o fluxo de perguntas para esclarecer dúvidas, respondidas a partir de uma base de conhecimento extensa. Esse recurso garante que todas as questões sejam abordadas de maneira eficaz e que os colaboradores tenham um entendimento claro dos riscos e das medidas de segurança.

Para melhorar a eficiência, permitimos que os usuários forneçam informações simultaneamente em um único texto. Por exemplo, eles podem indicar que estão usando capacete, óculos e talabarte, e o chatbot preencherá automaticamente as perguntas correspondentes. Isso reduz o tempo necessário para completar a APR e minimiza a possibilidade de erros humanos.

Também implementamos um sistema de monitoramento que registra o número de perguntas respondidas e o percentual de conformidade com o processo de APR. Esse sistema permite uma análise contínua da eficácia do chatbot, identificando áreas para melhorias adicionais e garantindo que o processo de análise de riscos esteja sempre alinhado com as melhores práticas de segurança.