O avanço tecnológico e o surgimento do desenvolvedor cidadão
As soluções tecnológicas como hiperautomação, desenvolvimento cloud e aplicações móveis foram importantes para o desenvolvimento de muitas empresas este ano. A partir dessas tecnologias, muitos negócios conseguiram melhorar seus resultados, agilizar suas rotinas operacionais, desenvolver novas ideias e permitir pessoas para atuarem em tarefas mais estratégicas e/ou criativas, uma vez que os processos operacionais ganharam mais potência. Assim, decidi falar sobre estes avanços nas empresas e levantar o novo conceito que está em alta: o desenvolvedor cidadão.
Os gestores estão em busca de soluções que permitam ganhar mais performance e assertividade em suas estratégias de negócio.Tudo é pensado para tornar a operação mais dinâmica e otimizada, mas também para melhorar a experiência do cliente ao utilizar os serviços da empresa. Para isso, muitos gestores investiram no desenvolvimento de aplicativos móveis. A experiência de utilizar um app facilita as tarefas do dia a dia do usuário, que no mesmo aparelho pode acessar e resolver suas demandas com um clique. Ao inovar nas aplicações móveis, a empresa diz para o cliente que está se modernizando, aproximando a marca dele e atendendo a necessidade do mercado.
Para o próximo ano essas soluções tecnológicas continuarão sendo requisitadas pelas empresas. Logicamente, outras tendências também previstas pelo mercado são:
- integrações ERP de ponta a ponta;
- aumento dos canais digitais para alcançar clientes;
- análise preditiva;
- Inteligência Artificial e muito mais.
Isso vai demandar mais mão de obra para o segmento de TI, que já prevê um déficit de 408 mil profissionais em 2022, segundo dados da Softex.
Para solucionar essa demanda, um novo tipo de profissional está surgindo: o desenvolvedor cidadão.
Eles não são desenvolvedores profissionais, mas utilizam ferramentas que exigem poucas habilidades para o desenvolvimento de um aplicativo ou software, por exemplo. Segundo o Gartner, até 2023 o número de desenvolvedores cidadãos ultrapassará o de profissionais, ficando em uma média de 4 para 1. Isso ajudará o mercado que não precisará mais de um especialista para o desenvolvimento de uma solução em todas as situações. Mas claro, a adoção de desenvolvedores cidadãos precisa ser vista com estratégia e ser acompanhada.
Desenvolvedores cidadãos utilizam-se de ferramentas que abstraem a complexidade do desenvolvimento de software tradicional.
São profissionais com conhecimento de negócio, mas sem um forte conhecimento em programação. Por meio de ferramentas, eles têm a capacidade de desenvolver soluções, ainda que simples. Isso é possível pois as ferramentas abstraem as complexidades e são muito intuitivas, permitindo que soluções sejam criadas por pessoas com pouca ou nenhuma experiência em desenvolvimento de software.
Logicamente, isso tornará a TI mais dinâmica e trará mais resultados para as empresas e áreas de negócio que buscam as empresas de tecnologia no apoio das suas jornadas digitais. Ainda assim, é importante enfatizar a necessidade de desenvolvedores e arquitetos de sistemas para soluções mais complexas.
O desenvolvedor cidadão se tornará uma realidade, e não será confundido em nenhum momento com Shadow IT, pois embora os especialistas ainda existirão e serão importantes, a grande parte do desenvolvimento será feito pelo desenvolvedor cidadão. A promoção do cidadão como um desenvolvedor só será capaz através de ferramentas que abstraem e possibilitam essa tendência. Em um futuro próximo todos seremos desenvolvedores.